
Moto Morini: Produção no Brasil e R$250 Mi em Investimento.
A Moto Morini, renomada marca italiana de motocicletas, marca sua entrada no mercado brasileiro com o início da produção na Zona Franca de Manaus (AM). Assim, a fabricante confirmou que as montagens começaram na quarta-feira, 7 de maio. Portanto, essa iniciativa representa um passo significativo para a expansão da marca na América Latina.
Um Grande Salto: O Investimento da Morini no Brasil
A Morini anunciou um investimento robusto de R$ 250 milhões para iniciar suas operações no Brasil. Além disso, a estreia da montadora está programada para o Festival Interlagos, no final de maio. Lá, a empresa apresentará seus três primeiros modelos ao público brasileiro. Dessa forma, esse aporte financeiro cobrirá os primeiros três anos de operação, abrangendo a estruturação da cadeia produtiva, processos de distribuição, rede de concessionários e o posicionamento da marca no país. Consequentemente, a Morini demonstra um compromisso sério e de longo prazo com o mercado local.
Modelos Morini: Chegando para Competir
A marca italiana oferece motocicletas que variam de 650 a 1200 cilindradas, com modelos que vão desde custom até trail. Assim, essas motos chegam para competir diretamente com marcas premium como Triumph, BMW e Harley-Davidson.
A Estratégia de Produção e Nacionalização
“Não poderia ser fora da Zona Franca de Manaus. É o mercado mais relevante, onde a estrutura fabril e industrial está estabelecida, e onde a mão de obra se encontra. Isso nos permite trazer mais competitividade nos preços e agressividade na produção”, afirmou Gunther Hofstatter, diretor de vendas da Moto Morini Brasil.
De fato, as peças serão produzidas na Itália, e a montagem acontecerá no Brasil. Desse modo, a Morini elimina o risco de falta de peças, pois a montagem será nacional. Portanto, essa é uma estratégia eficiente para garantir a disponibilidade.
“A escolha dos primeiros modelos é fruto de um compromisso com o mercado, de oferecer motos premium. Com o tempo, novos modelos entrarão em linha de montagem e vamos estreitar cada vez mais essa relação”, acrescentou Gunther.
A produção iniciou-se pelo processo de CKD (Completely Knocked Down), onde as motos são montadas localmente a partir de kits importados. Similarmente, essa prática é comum na indústria de motocicletas que vêm de fora, como Shineray, Royal Enfield, Haojue, e Suzuki.
“O modelo CKD demonstra que a Moto Morini veio para ficar. Ele permite não só preços mais agressivos como também a adaptação do produto às nossas condições, como o tipo de combustível e o clima. Já começamos com uma boa parcela de componentes nacionalizados, e isso vai aumentar com a entrada de modelos de menor cilindrada, como os de 350 e 450 cilindradas”, detalhou o diretor da Morini.
Os Modelos de Estreia: Seiemmezzo, X-Cape e Calibro
A Morini traz três modelos para o Brasil, mas possui mais de 12 modelos em seu portfólio global. Contudo, a marca planeja trazer todos para o país eventualmente. “São motos que vão de 350 a 1.200 cilindradas, nos mais diversos estilos, do touring ao adventure”, disse Gunther.
Seiemmezzo (650 cm³)
Assim como o primeiro modelo da marca, a “três e meio”, a Seiemmezzo (do italiano, seis e meio) tem esse nome devido à sua cilindrada de 650 cm³. Nos mercados internacionais, ela é comercializada em duas versões: STR (street) e SCR (scrambler). Ambas possuem o mesmo motor, que gera 60 cv de potência e 5,4 kgfm de torque, permitindo uma velocidade máxima de 170 km/h.
- Versão Street: Visual mais urbano.
- Versão Scrambler: Estilo off-road, com guidão mais elevado e pneus mistos.
A Seiemmezzo se encaixa na categoria das Naked e compete com a Honda CB 650R.
X-Cape (650 cm³)
Embora tenha um motor de mesma cilindrada, a X-Cape tem um apelo mais aventureiro e compete no segmento das trail. Além disso, é a moto mais vendida da marca internacionalmente. O motor entrega 60 cv de potência e 5,6 kgfm de torque. Para segurança, há freios da marca Brembo. Embora não seja projetada para off-road pesado, suas rodas de 19 polegadas na dianteira indicam que pode superar obstáculos maiores. Os modelos vendidos em países vizinhos possuem um painel de instrumentos com tela TFT de sete polegadas.
Calibro (693 cm³)
Para marcar posição na categoria das custom, a Morini deve trazer a Calibro, uma estradeira com motor de 693 cilindradas, pedaleiras avançadas para maior conforto em viagens longas e iluminação totalmente em LED. Certamente, ela será a mais potente, com 70 cv e 6,8 kgfm de torque. O tanque, assim como na Seiemmezzo, tem capacidade de 15 litros.
Rede de Concessionárias e Experiência ao Cliente
De acordo com o comunicado, as primeiras concessionárias da Morini abrirão as portas a partir de julho de 2025 em São Paulo, Campinas, Sorocaba e São José dos Campos.
- 2025: São Paulo, Campinas, Sorocaba, São José dos Campos.
- 2026: Expansão para mais estados do Sudeste e para o Distrito Federal.
- 2027: Região Sul será contemplada.
Ainda de acordo com Hofstatter, que também é diretor de pós-vendas da Morini Brasil, “o consumidor brasileiro busca uma experiência, uma imersão em uma cultura. Nossa rede será treinada para oferecer atendimento de alto padrão e um pós-venda ágil e eficiente, com peças disponíveis e suporte técnico rápido”.
A História da Moto Morini: Quase Um Século de Tradição
A Moto Morini tem origem na Itália e foi fundada em 1937 em Bolonha. São quase 90 anos de história. Alfonso Morini era um mecânico, designer e piloto que produzia motos voltadas para corridas. A fábrica foi totalmente destruída na Segunda Guerra Mundial, mas retornou pouco depois do fim do conflito. Atualmente, a sede da empresa fica em Trivolzio, na região da Lombardia, no norte italiano. Contudo, parte de seu parque industrial está em Taizhou, na China. Por fim, a Morini está presente em 55 países, demonstrando sua presença global.
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