Revisão da moto para garantir uma viagem tranquila nas férias
Verificar regularmente a moto, ou mesmo verificar se todos os componentes estão em bom estado antes de pegar a estrada, pode evitar muitas dores de cabeça, danos e até acidentes! Quer saber quais são os principais pontos que devem ser inspecionados? Vamos até eles!
Comparada aos carros, a motocicleta é um meio de transporte flexível, rápido e barato. Acabou se tornando a escolha de milhares de pessoas devido ao intenso trânsito e, principalmente, às constantes oscilações no preço dos combustíveis.
O número de carteiras de habilitação da categoria A (motocicletas) da CNH aumentou 51% na última década. No ano passado, 35,2 milhões de motociclistas possuíam habilitação, segundo dados da Abraciclo, associação que reúne os fabricantes de motocicletas.
Sabemos que viajar de moto há riscos maiiores que viajar de carro, sem proteção de pára-choques ou lataria como nos carros. Portanto, uma simples falha de um sistema ou componente pode resultar em queda ou colisão com sérias consequências.
“A revisão da moto está ligada diretamente à segurança do piloto. Serve para proteger a parte mecânica e os componentes do veículo. E o mais importante: garantir a segurança do condutor, evitando acidentes”, ressalta Cleverson Bastos, supervisor de Pós-Venda da Honda Blokton, maior rede de concessionárias de motos do Paraná.
Principais pontos a serem verificados durante a revisão
A inspeção preventiva da motocicleta atesta que ela está sempre em boas condições. Este serviço verifica os pontos necessários para garantir o bom funcionamento da motocicleta. As principais verificações incluem óleo do motor, líquido de arrefecimento, corrente, fluido de freio e pneus.
Segundo dados da Abraciclo, 8% de todos os acidentes de motocicleta registrados no Brasil são por falta de manutenção. Destes, 11% referem-se a pneus e 7% a freios.
Óleo lubrificante do motor
O óleo é formado com base em aditivos, que com o tempo perdem suas propriedades, o que pode afetar negativamente ou até prejudicar o desempenho do motor. A troca regular do lubrificante garante maior vida útil desse componente da motocicleta, observa o supervisor da Blokton. Em geral, a troca de óleo é feita a cada seis meses, mas é preciso verificar o que pede o manual de cada modelo.
Líquido de arrefecimento (refrigeração)
O mesmo se aplica ao refrigerante, que regula a temperatura do motor. Segundo Bastos, não seguir os intervalos de troca ou não seguir os valores corretos, que são realizados quando necessário, pode levar ao superaquecimento e danos ao motor.
O manual de instruções deve ser consultado para substituição, pois cada modelo pode ser único. Em média, a cada dois anos ou a cada 30.000 quilômetros rodados.
Fluido de freio
Verificar e permanecer dentro da janela de uso do fluido de freio, seja por tempo ou quilometragem, é extremamente importante. Quando a solução fica sem reposição – o que é em torno de dois anos – ela pode ficar contaminada com água, reduzindo sua temperatura máxima de operação. Exceder a temperatura durante a condução, por exemplo, pode levar à falha dos freios e a um acidente.
Corrente
A corrente é um dos principais alvos na revisão de motocicletas. A lubrificação da corrente é um requisito importante para o bom funcionamento da motocicleta, principalmente na estrada. “Quando seco, além de acelerar o desgaste das peças, ele corre o risco de quebrar ou rasgar, o que pode prender na roda e causar um grave acidente”, ressalta Cleverson Bastos. A tensão da corrente também deve ser ajustada corretamente – nem frouxa nem apertada. Em uma viagem é importante verificar este ponto a cada parada.
Pneus
A data de fabricação do componente está gravada na lateral do pneu. Decorridos cinco anos, recomenda-se a sua substituição.
“Se não estiver em bom estado, pode não só resultar em multas ao abrigo do Código da Estrada, como também pôr em perigo a segurança dos condutores e provocar acidentes.”, enfatiza o profissional Blokton.
O especialista também alerta que a troca dos pneus deve ser feita em média entre 10.000 e 12.000 km, dependendo do cuidado do proprietário na calibragem, do tipo de terreno em que o veículo será deve ser usado e se a pessoa anda muito peso ou garupado.
“Se a pessoa anda muito pouco com a moto, apenas para passear ou nos finais de semana, o pneu pode ser trocado em até cinco anos. Depois desse tempo, começa a apresentar rachaduras e ressecamento”, esclarece.
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